sexta-feira, 8 de julho de 2016

Critica: Na minha modéstia opinião e Promo "Cuarenta Minutos" QOTS 1x02 (HD)


Então, depois de assistir ao episódio piloto de Queen Of The South, resolvi escrever um breve resumo sobre a série, sem muitas análises, na verdade, apenas apresentando a minha modéstia opinião, mesmo. A ideia é fazer isso logo após um episódio novo, mas destaco que é a ideia. Está sempre sujeita a adiamentos por motivos de minha vida imprevisível.

Então. Queen Of The South começa pelo fim. Logo após a icônica frase: “Eu já fui pobre. E já fui rica. Rica é melhor”, vemos o triste fim (será o fim mesmo?) da nossa protagonista que é atingida por tiros. A série, então, recua no tempo, para a época em que Teresa Mendonza (Alice) é uma jovem explorada nas ruas de Sinaloa, no México, trabalhando como uma espécie de contrabandista de dólares. Um flerte rápido – e meio sem graça, diga-se de passagem – com Guero (Jon Ecker) e Teresa logo está demitida e apaixonada pelo aprendiz de traficante.

Na, coloquemos dessa forma, parte dois do episódio piloto da série, Terê (vixe, parece Velho Chico) se vê no meio dos negócios do tráfico, cercada por luxo e também por alguns problemas, no maior estilo novela mexicana de ser. Não demora muito, para Guero alertar Teresa de que os dois correm risco, e demora menos ainda para a notícia da morte do narcotraficante chegar, obrigando Teresa a fugir para [tentar] salvar sua vida. E a parte três, desse episódio, pode ser resumida da seguinte maneira poética: tiro, porrada e bomba.

A série tem seus problemas e, na minha modéstia opinião, o uso do inglês é mesmo o maior de todos eles, conforme tinham destacado algumas críticas. Eu entendo que uma série toda em espanhol, no horário nobre norte-americano das séries, era um tiro no pé inaceitável, mas por que cargas d’agua a primeira parte desse episódio não é em espanhol com cenas em inglês ao invés de ser inglês com pedaços de espanhol? Se o inglês fosse utilizado nas cenas de Don Epifanio (ele é um traficante com aspirações internacionais, afinal de contas) e depois das cenas no posto de gasolina (faria lógica em um local de fronteira, e depois dessa cena o espanhol poderia dar adiós a série) a coisa toda iria fluir de uma maneira beeem melhor.

Embora, QOTS seja muito comparada a Narcos e Breaking Bad, percebi muitas semelhanças com a sua irmã de canal “Mr. Robot”: ambas têm uma fotografia diferente e interessante, utilizam-se de recursos narrativos alternativos - enquanto Mr. Robot quebra a “quarta parede” falando com o telespectador, QOTS utiliza-se da própria rainha, como escape criativo, e uma espécie de incentivadora nos momentos mais sofridos da Teresa (e como sofre essa menina!), além disso, os dois são anti-heróis forçados por sistemas - cruéis - a contra atacarem.  

Por falar, em sofrimento e crueldade, o uso da violência é realmente forte, e soa meio excessivo, ás vezes, mas é o narcotráfico, afinal de contas, né? Na verdade, o que realmente me incomodou foi o uso das drogas, valeria o mesmo raciocínio de que uma série sobre uma chefe do tráfico deve explorar o uso dos tóxicos, mas em toda cena onde a cocaína aparece, soou para mim tão falso e artificial, como se fosse apenas a necessidade de introduzir a droga na história, tipo, na cena inicial, foi tão desnecessário ela ir lá e cheirar... parece o roteiro dizendo (dizendo, não. GRITANDO) “olha, como ela é bad. Como ela é durona. É a dona do negócio todo”.

A outra cena meio “desnecessária” foi a do estupro, não sei se é porque eu ando sensível ao assunto, considerando todas as barbáries que aconteceram na nossa sociedade ultimamente, mas achei que da forma como foi a cena foi feita, teria surtido o mesmo efeito, se o cara não tivesse chegado a “efetuar” o estupro, se ele tivesse sido atingido antes. Teria o mesmo efeito e seria menos degradante. Vi algumas pessoas da gringa, falando no Twitter sobre essa necessidade doentia de personagens femininas fortes, terem sempre uma cena de estupro. Não posso discordar.

No mais, quero deixar aqui registrado que não comprei a morte do Guero... uma série que usa de tantos recursos violentos ia desperdiçar a cena de uma morte tão importante? Acho estranho. Alguém que assistiu a novela, ou leu o livro, sabe se ele “volta dos mortos”? Tenho a impressão que, vivo ou morto, ele ainda vai criar muitos problemas para a Queen.

Sobre o personagem da Alice – o que mais pode-se dizer da atuação da Alice que já não tenha sido dito por todo mundo?! Ela não só é a personagem título da série. Ela é a série. Alice não deixa a gente duvidar nem por um segundo da sua força e, também, de sua vulnerabilidade. A cena do carro é de um desespero tão real que arrepia. Eis um aprendizado de vida, quando Queen B falar “Stop the car”, é pra realmente parar o carro! Além disso... como corre essa menina! (No twitter compararam ela com Tom Cruise. hahaha)

Caso você resolva dar uma chance para QOTS (e, por favor, se faça esse favor!) você vai descobrir junto comigo, o que raio tinha naquela caderno! [as novelas da globo me ensinaram a desacreditar de grandes mistérios, mas vai que...], aonde vai dar aquela picuinha dos dois chefões que são casados [prevejo altas tretas] e ver a Queen construindo, como ela mesma diz, “o maior império de drogas no Hemisfério Ocidental”.
Vamos ficar de olho, ao menos para comprovar aquela história de que o importante não é saber o que vai acontecer, mas como vai acontecer. Pelo episódio piloto, dá para saber que vai haver muito tiro, problemas e explosões f**as, no caminho da rainha [da américa] do sul.

E, logo abaixo, a promo do episódio 02 - 40 minutos:
                 

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