terça-feira, 26 de maio de 2015

Estilo de Alice em Latitudes


Estrelado por Alice Braga e Daniel Oliveira, o filme Latitudes foi rodado em oito cidades ao redor do globo. Sucesso na TV – vencedor do prêmio APCA 2013 na categoria de “Melhor Série”, pela TNT – e no Youtube, e o Canal Mulher do POP fala sobre o figurino de Alice Braga, que no filme faz o papel de Olivia, uma editora de moda. Ela e um fotógrafo, interpretado por Daniel de Oliveira, passam uma noite em Paris e entre encontros e desencontros, aos poucos se entregam a uma intensa paixão.

Latitudes foi lançado em setembro de 2013 no canal TNT, dividido em oito episódios de 22 minutos. Cada episódio combinou ficção, o making- off e a rotina de ensaio dos atores. Já em agosto do ano passado, episódios de 12 minutos foram lançados no Youtube, em formato convencional de ficção. Assim, o mesmo produto foi concebido para ocupar diferentes plataformas de reprodução. Isso é o que chamamos de projeto transmídia.

Como editora de moda, Olivia viaja pelo mundo para cobrir os principais desfiles de moda e analisar o comportamento dos consumidores. Além de ter uma personalidade forte e ser bem sucedida, Alice Braga, ou melhor, Olivia, não é escrava da moda. E isso é mostrado no seu estilo, que carrega a praticidade de quem trabalha e viaja muito.
Letícia Barbieri, figurinista responsável pela caracterização de Alice no filme, mistura o contemporâneo com a ousadia, mostrados por meio de acessórios e peças chaves do guarda-roupa, como por exemplo, o casaco de pelúcia Ellus, usado durante a cena no Hyde Park, Londres. Entre os acessórios mais lindos estão os anéis Antonio Bernardo – que acompanham a editora do início ao fim de Latitudes.
Mas a personagem não fica somente com peças casuais, Olivia também veste looks clássicos, com um toque de bossa, e perfeitos para os eventos fashion da profissão de editora de moda. "Quando a ocasião pedia roupas de luxo, apostamos no longo vermelho do estilista Lino Villaventura, pela que caiu como uma luva no corpo da Alice", contou Letícia Barbieri.




Um dos momentos que merece atenção especial para quem gosta de moda é a cena gravada no último desfile de inverno da Burberry, onde Olivia aparece com um trench coat vermelho da label.

Filmado entre o verão do Brasil, Argentina e Uruguai e o alto inverno de Londres, Paris, Istambul, Veneza e Porto, a produção pediu um figurino que fosse diverso, mas com básicos que coubessem em uma mala. E no dia a dia, a personagem faz uso de peças da Mixed, Paula Raia e OQVestir.



Fonte: Adaptado de Divando

Matéria capa da Marie Claire 2008

Alice Braga: Ela é a lenda
Cortejada por astros como Will Smith, Sean Penn, Jude Law e Harrison Ford, a menina classe média paulistana foi longe e voltou para contar a história. Mas, aos 25 anos, Alice Braga parece não se dar conta de tudo o que já conquistou.
Conheci Alice há cinco anos, na redação de uma revista para a qual ela fazia um trabalho sobre sua experiência em Nova York como estudante de inglês. Isso, antes do lançamento do filme que mudaria sua vida: Cidade de Deus [2002]. Na época, adolescente ainda, era apenas uma aspirante a atriz, como milhares que circulam hoje pela capital -só uma garota da Vila Madalena, bairro de descolados e alternativos em São Paulo, em busca de um lugar ao sol. Baixinha, chinelos, vestidos soltos, cabelo meio preso, um tipo que há 20 anos seria rotulado de bicho-grilo, não dava pinta de que viria a ser atriz internacionalmente conhecida, aplaudida de pé em Cannes, vencedora do prêmio de melhor atriz no festival de Veneza, eleita uma das promessas do mercado em ensaio fotográfico feito para a revista "Vanity Fair" e selecionada no anual "Women We Love" da "Esquire". Muito menos que contracenaria com Will Smith, Harrison Ford, Julianne Moore, Sean Penn e Jude Law antes dos 25. Por isso, quando recebi a missão de entrevistá-la para esta edição de Marie Claire, fiz as contas e cheguei ao resultado óbvio: a ex-garota da Vila Madalena e atual frequentadora dos estúdios hollywoodianos teria virado um tipo meio esnobe, meio senhora de si, meio cheio de respostas prontas e clichês. E, naturalmente, não se lembraria de mim. Fui encontrá-la, então, preparada para o pior cenário possível: o da entrevista tirada a fórceps.
Cheguei ao local marcado, um café dentro de uma livraria na Vila Madalena, pontualmente às 14 horas, pronta para esperar pela celebridade: nada mais comum do que o vaidoso atraso da classe. Mas Alice já estava ali, tomando uma xícara de chá. Chinelos, vestido largado, cabelo meio preso, bicho-grilo retrô, acenou e me recebeu com um abraço. "Nossa! Há quanto tempo a gente não se vê! Tudo bem com você?" O choque de ver que a garota da Vila Madalena, que desde nosso último encontro havia conquistado o mundo e voltado, era ainda apenas a garota da Vila Madalena foi enorme. Teimosa, durante os 20 primeiros minutos de papo tentei desmascará-la e encontrar ali algum vestígio de estrelismo. Tudo em vão. Segura, risonha, simples, humilde, ela parecia contar a história de sucesso de uma amiga -feliz, mas sem muito envolvimento com toda aquela pompa hollywoodianesca.
"Tô me jogando nas mãos dos diretores porque tenho muito a aprender"
Aos 25 anos, a menina que, aos 19, abandonou o curso de Artes do Corpo na PUC para seguir a carreira de atriz revelava, entre uma e outra xícara de chá , um tipo de maturidade que falta a muitos artistas quarentões. Criada em núcleo familiar artístico (pai jornalista e diretor de TV, mãe publicitária e irmã produtora), sempre quis trabalhar com cinema. Desde os 10 brinca de fazer comerciais e, antes de Cidade de Deus, havia feito apenas um curta de baixo orçamento. Mas aí veio o papel da cocotinha no filme de Meirelles e a vida virou: agentes disponíveis em Hollywood, convites para novelas na Globo, testes e mais testes. Da noite para o dia, a fama além-mar.
Em setembro, aparecerá nas telas com Julianne Moore, Mark Ruffalo e Gael García Bernal na adaptação para o cinema do perturbador Ensaio Sobre a Cegueira, de Saramago. Logo depois, ao lado de Harrison Ford e Sean Penn em Crossing Over, sobre o drama da imigração mexicana nos Estados Unidos. E, ano que vem, com Jude Law em Repossession Mambo, sem título em português. Currículo pesado, mas que sequer foi suficiente para fazer com que se mudasse do pequeno apartamento na Vila Madalena. Por isso, a uma certa altura me ocorreu o seguinte: essa menina não tem noção do que está acontecendo.
MC Cidade de Deus foi o primeiro filme?
AB Tinha feito só um curta antes disso.
MC Depois dele um agente veio te procurar?
AB Ela ficou seis meses me procurando.
MC Por quê?
AB Porque ela achava que eu morava na favela. Como ela não conseguia achar o Fernando [Meirelles], não sabia como começar a me procurar nas favelas. Tentava aqui e ali, mas não conseguia.
MC Quem escuta sua história acha que a coisa mais simples do mundo é conseguir um agente em Hollywood e não é bem assim.
AB É, eu sei. É que tive a sorte de fazer o Cidade de Deus, que me abriu para o cinema lá fora porque o filme fez aquele sucesso com a crítica internacional.
MC Você tem alguma noção do que está acontecendo?
AB Às vezes. Tô indo de peito aberto e me jogando na mão dos diretores porque tenho muito o que aprender.
MC Mas entrar no tapete vermelho ao lado de Will Smith e Tom Cruise não é pouca coisa.
AB É, isso foi surreal mesmo [ri]. Que maluco, né? Mas tô tentando ser apenas eu mesma.
MC Como fazer para não acreditar que você é tudo o que dizem que você é?
AB Olha, não sei muito para onde estou indo, mas sei que amo cinema, sempre amei, aprendi com meus pais, sabe?, em casa se via muito filme. Então, sei que estou fazendo o que amo e o que sempre quis: cinema. Mas olho em volta e tudo é tão grande, tão novo, tão badalado que é muito fácil ficar cego. Tudo é sedutor, é tentador, mexe com o ego. Olha, se tem ao meu redor 100 fotógrafos gritando: "Lindaaaa! Olha pra mim!", uma hora vou me achar mais fodona mesmo. É humano, mas não posso perder a capacidade de passar pelo tapete vermelho e debochar do momento, sabe? Não dá para esquecer de onde eu vim, quem são meus amigos, essas coisas.
MC E filmar com Will Smith, um dos caras mais poderosos do cinema?
AB Fazer Eu Sou a Lenda [2007] foi muito valioso. Uma história enorme, com um grande astro do cinema americano, um dos mais bem pagos do mundo, então isso foi muito bacana. Mas um mês antes daquilo eu estava fazendo Via Láctea, uma produção nacional, da Lina Chamie, que é uma diretora que eu adoro. Esse tipo de mudança me dá prazer.
MC A impressão que temos é que, da noite para o dia, você aconteceu mundialmente e que nunca foi recusada em nenhum teste, que o cinema americano amou você à primeira vista.
AB Imagina. Fui recusada muitas vezes. Muitas. Eu Sou a Lenda foi só um de vários testes que eu tinha feito em Los Angeles. O Rodrigo [Santoro] passou pelas mesmas coisas.
MC Por exemplo.
AB Ah, tantos... Olha, fui para os Estados Unidos promover o Cidade Baixa [2005, de Sérgio Machado, no qual fez uma prostituta, elogiada pela crítica internacional] e estudar inglês. Enquanto isso, ia fazendo vários testes. E não passei em nenhum. Sabe, é como ir a uma entrevista de um trabalho que você adoraria executar e ser rejeitado. É isso muitas vezes em um mês. Nosso trabalho é esse, não tem cotidiano, é passar no teste e ganhar ou não passar e não ganhar nada.
MC Não é duro demais lidar com tanta rejeição? Porque a gente só fica sabendo das aprovações.
AB Duro demais. Tem sempre tanta gente tentando um mesmo papel que o normal é ser rejeitado. A rejeição existe em qualquer tipo de trabalho, mas no nosso é muito fácil levar para o lado pessoal. Mas o desafio é entender por que você não foi bem e como pode melhorar.
MC Tem um papel que doeu mais perder?
AB The Dead Girl [2006, com Toni Collette, de O Casamento de Muriel e que não foi lançado no Brasil], um filme independente. Passei no primeiro teste e daí é foda porque a expectativa cresce. Esse doeu.
MC Como você conseguiu o papel em Eu Sou a Lenda? A concorrência deve ter sido enorme.
AB Fiz um teste com a produtora de elenco, ela lendo o texto, sem interpretar nada, e eu interpretando. Essa situação é engraçada porque você tá lá toda entregue e quem contracena com você tá só lendo um papel. Bem maluco porque eu não tinha lido nada do roteiro, então a situação é toda fora de contexto. Bom, aí voltei para o Brasil porque já estava há um tempo em Nova York e precisava voltar. Assim que cheguei aqui eles me ligaram: "Olha, o Will Smith e o diretor viram seu teste e querem te conhecer pessoalmente. Vem para Nova York agora". E eu: "Agora? Tá". Refiz a mala e aí descobri que tinha greve de metrô em São Paulo. Ou seja, eu tinha algumas horas para chegar ao aeroporto e minhas chances eram mínimas. Cheguei esbaforida, mas consegui pegar o avião.
MC Chegou em Nova York e foi direto para o teste?
AB Fui.
MC Nervosa?
AB Bom, antes de entrar na sala para conhecer o Will pessoalmente eu era adrenalina pura. Ficava na sala de espera: "Curte esse momento. Se der, deu. Se não der, foi ótimo. Foi ótimo ter vindo, ter conhecido ele pessoalmente...", ficava repetindo isso. Porque, olha, pensa bem, eu ia conhecer o cara, ia interpretar para ele, com ele, puxa, não tá bom assim? Já valeu.
"Passar pelo tapete vermelho abraçada ao Tom Cruise foi surreal. Muito maluco isso, né?'
MC E como foi?
AB Entrei e ele foi supergeneroso e carinhoso. Ele sabe o peso que tem sobre as pessoas, principalmente atores novos tentando um espaço como eu. Ele sabe que é intimidador. Mas ele foi ótimo, eu fiz o teste com ele e fui para o hotel dormir para voltar ao Brasil no dia seguinte. Tentei não pensar muito sobre o teste e, no dia seguinte, estava me preparando para pegar um táxi para o aeroporto quando a produtora de elenco ligou. "Você pode voltar aqui agora?" E eu disse: "Posso". Achei, claro, que os testes iam continuar. Cheguei lá, entrei na sala e lá estava o Will Smith. Ele me disse apenas: "Alice, seja bem-vinda a Eu Sou a Lenda".
MC Como você reagiu?
AB Um baque. É que, normalmente, não é assim que as coisas acontecem. O que acontece é que a produtora de elenco liga para o agente do ator e diz se ele passou ou não. Então aquilo não era protocolar. Fiquei lívida, congelada.
MC Saiu de lá e ligou para quem?
AB Nem tive tempo de correr pela rua, de gritar, nada, porque na hora eles me colocaram num carro para ir ver figurino, foi uma maluquice. E eu estava com um celular pré-pago, nem tinha crédito para ligar para ninguém. Aí a gente chegou no lugar das provas e eu falei: "Me dá dez minutos?". E saí correndo para um orelhão para ligar para minha mãe, ainda sem acreditar. Nossa. Minha mãe gritava, eu gritava...
MC Você não pensa em morar por lá de uma vez?
AB Minha agente sempre disse que eu tinha que me manter atuando no Brasil porque isso iria me enriquecer como profissional. Ela diz que eu não devo ir morar em Los Angeles ou Nova York. E eu gosto do meu canto, da sensação de voltar para casa.
'Quando entrei na sala, o Will Smith estava lá. Ele levantou e me disse apenas: 'Alice, seja bem-vinda a Eu Sou a Lenda''
MC O Will Smith é um cara bacana?
AB Ele é tudo o que parece. Um cara que trabalha duro demais para ser quem é. Ele vem de família muito pobre, né? O pai consertava ar-condicionado, uma família trabalhadora da Filadélfia. E ele não esquece isso, ajuda todo mundo, os amigos de infância são hoje assessores, sabe? É um cara admirável, gentil, doce, generoso, que olha nos olhos das pessoas.
MC Você já se sentiu excluída dentro desse clube de pessoas tão poderosas?
AB Os atores com os quais trabalhei foram todos muito generosos. Nunca mudei meu jeito, continuei falante, e eles me fizeram sentir bem-vinda.
MC Até o Harrison Ford?
AB Esse é uma figura. Ele faz cinema há tanto tempo que virou um cara que olha tudo, repara nos fios, nas roupas, nas camareiras, tudo ele sabe, tudo ele vê. No primeiro dia de filmagem ele me disse: "Tá com medo?". E eu: "Hum-hum". E ele: "É bom ter mesmo". Um brincalhão, gente boa mesmo.
MC Como foi fazer Ensaio sobre a Cegueira?
AB O filme é forte, mas o set foi leve. O filme fala que só nos vemos uns aos outros quando precisamos de ajuda, fala que, na verdade, estar cego é a obrigação de olhar para dentro.
MC O aspecto escatológico do set chegou a perturbar?
AB Toda aquela sujeira, aquela degradação humana, de repente você olha e tem um cara nu deitado na merda... Claro que a gente sabe que o cocô é de mentira, tudo é fake, mas se conectar com aquilo tudo é forte.
MC Tem planos de carreira?
AB Não. Sei que quero fazer filmes, muitos. Tenho vontade de trabalhar. Esse é meu plano. Nunca fiz um plano de fazer cinema aqui ou lá ou acolá. Tento ficar no momento, sabe? Só quero trabalhar.
MC Qual o próximo?
AB Mês que vem começo a filmar com o Marco Ricca no Rio Grande do Sul.
MC TV não interessa?
AB Tenho vontade. Já fui convidada para muitas coisas, quase fiz JK, Amazônia, Belíssima, mas havia sempre um longa no caminho e não dava.
MC Tem algum grande medo?
AB De avião [ri]. Mas não tenho medo de morrer, medo da solidão, medo de não encontrar alguém, de ficar sem trabalho... não tenho nada disso. Acho que a vida vai te presenteando com medos, né? Mas, aos 25 anos, ainda não tenho medos não.
MC E namorados nesse meio?
AB Para a imprensa, eu tô supernamorando o Gael hoje. E há um mês eu estava namorando o Santoro. Minha vida, segundo a imprensa, é muito boa [ri]. Encontrei o Rodrigo [Santoro] no dia seguinte da fofoca e falei: "Cara, você viu? A gente tá namorando". E ele: "Meu amor!".
MC Isso chega a incomodar?
AB Como não sou muito famosa, ainda não senti essa pegada mais agressiva da imprensa. Só coisas leves.
MC Mas não tem ninguém hoje?
AB Não, eu tô sozinha. Já tive namorado super ciumento, não gostava de ver cenas de beijo e coisa e tal. É duro para quem não é do meio, sabe? Muito duro.
MC Você e o Diego Luna [E Sua Mãe Também] namoraram?
AB Namoramos, mas a gente nunca abriu o romance, tô falando isso pela primeira vez agora. Não chegávamos a negar ou esconder, mas evitávamos nos expor. Não vou esconder nada, mas quero entender meu limite nisso, o limite da invasão, da opinião pública.
'Para a imprensa, eu estou supernamorando o Gael. E há um mês, eu estava bem firme com o Santoro'
MC Incomoda ser perguntada a toda hora sobre sua tia, a Sônia Braga?
AB Adoro falar dela. Ela é um ícone do cinema nacional, mas foi uma pioneira latina no cinema norte-americano, uma heroína, uma desbravadora. Então, me dá orgulho falar dela não só por ser minha tia. Hoje, o mercado já não é tão tipificado como na época dela. Por exemplo, para esse filme que fiz com o Jude Law eles queriam alguém muito diferente de mim. Só tinha americanas e inglesas fazendo o teste e eu ganhei. O mercado tá mudando.

MC A grana já chegou com força?
AB Eu trabalho desde os 15, já fiz vários bicos, já servi em festa, já fiz bico num restaurante de um amigo, tudo para ter minha graninha. Claro que quando começou a pintar tanto trabalho, que vem com uma certa quantidade de dinheiro, que nem é muito assim, mas é bom, isso me deu a chance de investir e ter a tranquilidade de escolher os projetos que mais me agradam. No começo da minha carreira minha mãe me disse: "Olha, a gente sempre acha que precisa fazer uma obra de arte e não é bem assim. Não dá pra viver só de obra de arte. Então, não se julgue por fazer coisas que não sejam, necessariamente, obras de arte. Faz parte de qualquer ofício fazer de tudo um pouco". E eu entendi o recado. Então, a grana me dá essa tranquilidade de poder escolher projetos. É uma boa reserva que me dá paz para correr atrás de um sonho.
Fonte: Marie Claire 
Styling: Tina Kugelmas e Paula Lang
Produção: Cintya Misobuchi
Cabelo e Maquiagem: Marcelo Gomes (Glloss)/Assistente de Maquiagem: Murilo de Paula
Assistente de Fotografia: Denilson Franco
Agradecimentos: Osklen, Herve Leger para Daslu, S&B Acessórios, Raphael Falci

Pequenas matérias de Alice pela internet

Scan de pequenas matérias sobre a Alice que achei espalhadas pela rede:

Revista Criativa de 2010:

Novembro de 2012

Vogue - maio de 2013



NIGHTWALKER

NightWalker é um vídeo do cantor Thiago Pethit que traz a Alice como 'protagonista'. Acho um clipe muito bonito e embora não seja fã admiro o trabalho do Thiago, confira ele falando sobre o clipe:

Entrevista do Thiago Pethit para a Saraiva Conteúdo

No clipe de “Nightwalker”, a atriz Alice Braga é o destaque. A ideia de filmar com ela partiu de quem? Como foram as gravações? Ela contribuiu com algo? Como foi a troca entre vocês durante as gravações?

Thiago Pethit. Na verdade, foi uma ideia da própria Alice, que depois virou uma ideia minha. Eu encontrei com ela em uma festa no fim de 2010, e fazia uns cinco anos que eu não a via. A gente fez faculdade juntos, somos amigos há muito tempo, mas quando tínhamos acabado de nos reencontrar e nos tornado grandes amigos mesmo, ela lançou o Cidade de Deus e foi morar em Nova York. Depois, ela começou a trabalhar muito, e perdemos o contato diário. Então, fazia cinco anos que eu não encontrava a Alice. Ela não me conhecia como Thiago Pethit, me conhecia com o meu nome de ator, e nessa festa ela descobriu que eu era o Thiago Pethit que ela já tinha ouvido, mas não tinha associado o nome à pessoa. Então, ela sugeriu que fizéssemos um clipe juntos, e eu combinei que isso ia acontecer. Conversei com a Vera e fomos tendo a ideia do clipe. Aí, a Alice teve uma brecha de três dias na agenda, e a nossa intenção era que fosse em uma madrugada, mas ela só podia em uma única madrugada. Ela não sabia nada do que ia acontecer... chegou, colocou o figurino, e eu disse: “Alice, seja Alice”. E assim foi, ela improvisou tudo. Colocou um vestido prateado e arrasou.

Letra e tradução:

Nightwalker
My shoes
They took me for a walk
I guess
We walked a hundred blocks
When it was time to go back
We were getting off the tracks
They said
'Just one more cigarette'
A drink or two would not be bad
My shoes
They took me to a bar
Quite soon
I said
'We're in a trap, we are'
One shot made me feel brand new
Two and all I thought was you

Dancing, dancing
Dreaming of a neon light
Dancing, just dancing
I've got you deep inside of my mind

How sad
Is a dancer on his own?
Too bad
The steps they all seem wrong
One shot just made me feel blue
Two, I'm getting through with you
One day
I hope I might be right
One night
Like any other night
Your shoes will take you for a walk
And they will lead to my door

*
Caminhante Noturno
Meus sapatos
Me levaram para uma caminhada
Eu acho
Que andamos cem quadras
Quando era hora de voltar
Estávamos perdendo o rumo
Eles disseram
"Só mais um cigarro"
Uma bebida ou duas não faz mal
Meus sapatos
Me levaram para um bar
Bem rápido
Eu disse:
"Estamos em uma armadilha, estamos"
Uma dose me renovou
Duas e só pensava em você

Dançando, dançando,
Sonhando com uma luz de néon
Dançando, só dançando
Eu tenho você no fundo da minha mente

Que triste
É um dançarino sozinho?
Que pena
Os passos parecem todos errados
Uma dose só me fez triste
Duas, eu estou pensando em você
Um dia
Espero que eu esteja certo
Uma noite
Como qualquer outra noite
Seus sapatos irão levá-la para uma caminhada
E irão guia-lá a minha porta

Na epóca do lançamento do vídeo - em 2011 - a diretora e Thiago deram uma entrevista a Rolling Stone Brasil. Saca só:

"O vídeo, dirigido por Vera Egito e Renata Chebel, conta com Alice Braga no papel da garota que sai às ruas na madrugada após curtir a noite em uma festa. Uma das inspirações para o vídeo vem da tia da atriz, Sônia Braga, no filme de 1981 Eu Te Amo, que conta com ela e Paulo César Pereio no elenco (com direção de Arnaldo Jabor).

"Na época estávamos vendo um vídeo no YouTube da Sônia Braga em um trecho de Eu Te Amo, no qual ela aparece com um vestido prata, e usamos um parecido na Alice para homenagear", conta Renata Chebel, à Rolling Stone Brasil. O clipe de "Nightwalker" foi gravado no bairro de Higienópolis, em São Paulo, durante uma madrugada no final de fevereiro. "Fomos agregando coisas à ideia inicial. Criamos uma dança [por causa da temática da música] e juntamos trechos da coreografia de Bande à Part [clássico de 1964 de Jean-Luc Godard]", diz a diretora".

segunda-feira, 25 de maio de 2015

QOTS aprovada para primeira temporada nos EUA


A série que Alice gravou para o canal gringo USA Network - o mesmo do vencedor do Emmy 'Jane The Virgin', foi aprovada para primeira temporada o que quer dizer que será exibida, no próximo ano. Confira notícia completa abaixo:
A atriz brasileira Alice Braga vai estrelar uma série na TV americana. O canal pago USA Network oficializou a primeira temporada da série Queen of The South, uma adaptação do livro La Reina Der Sul, do escritor Arturo Perez-Reverte.
Alice interpretará Teresa Mendoz, uma mulher que busca refúgio nos EUA depois que seu namorado traficante é assassinado no México. Já em solo americano ela une forças com um conhecido para derrubar o líder do cartel. No processo, ela vai descobrindo as ferramentas do tráfico e acaba virando líder do mesmo cartel.
A série terá roteiro assinado por M.A Fortin e Joshua John Miler e produção executiva de David Friendly e Pancho Mansfield. Queen of South estreia em 2016, sem data definida.

Com informações do Omelete e portal lovertube.

El ardor ganha título e poster inglês

Saiu o pôster e a data de estreia de El Ardor na Inglaterra que se chamará 'The Burning'. Infelizmente no pôster Alice não aparece, nem temos notícia do filme no Brasil:

A data de estreia é 19 de junho de 2015.
Abaixo o trailer:

Fonte: flickering myth.com

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Trailer de Muitos Homens num só

E saiu ontem (dia 19) o trailer de 'Muitos homens em um só' filme dirigido por Mini Kerti que traz a Alice no papel de Eva, uma desenhista que abre mão de seu talento por conta de seu casamento.
O filme está previsto para chegar aos cinemas dia 18 de junho. O trailer é lindo de viver! Agora é torcer para ter uma distribuição decente nas salas do país!

Fonte: Cinepop

Sobre Os Amigos

Abaixo uma crítica ao filme Os Amigos feita pelo site CinePop que deu a produção - da mesma diretora de via lactéa - nota 8.0.

As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável. Exibido no Festival de Gramado do ano passado e com algumas passagens em outros festivais aqui no Brasil, o simpático filme Os Amigos é uma fábula moderna sobre um homem e suas depressões cotidianas causadas por abalos emocionais em muitos campos de sua vida. Protagonizado pelo competente Marco Ricca, e com a maravilhosa Dira Paes como coadjuvante, o trabalho dirigido pela cineasta Lina Chamie é uma jornada inteligente sobre as reflexões que passamos ao longo de muitos momentos de nossas vidas. É o tipo de filme que faz constantes paralelos com a realidade de cada um de nós.
Ao longo dos 90 minutos de fita, acompanhamos um momento de incertezas e depressões sociais na vida do arquiteto Téo (Marco Ricca), um homem solitário que sofre um grande abalo quando sabe do falecimento de seu melhor amigo de infância. Téo é um ser sozinho, divide suas angústias apenas com sua melhor amiga Majú (Dira Paes) que vive tentando arranjar uma companheira para ele. Enfrentando seu passado e tentando achar alguma luz em seu futuro, o protagonista leva o público em uma jornada sobre os momentos de reflexões sobre a vida, situação em que todos nós já estivemos, estamos ou vamos estar.
O roteiro, assinado pela própria diretora, um dos bons destaques dessa produção, teve altas influências do poema Fábula de um Arquiteto, de João Cabral de Melo Neto e do romance Ulysses, de James Joyce. Com essas referências, foi moldada uma história que mais parece aqueles livros adolescentes que falam sobre complexos pensamentos de maneira poética, beirando a trivialidade e deixando o espectador argumentar sobre os inúmeros assuntos colocados à mesa.
Os Amigos não é só um filme só sobre amizade, é um trabalho que busca uma lógica para a arte do sonhar. As cenas do zoológico, os paralelos com o cotidiano agitado do protagonista e os inúmeros raciocínios feitos ao longo da fita, tiram o público da zona de conforto. Para contextualizar alguns pensamentos, a diretora afasta o público da realidade, com cenas que parecem desenhos animados, mas sempre falando sobre ela. É uma criatividade que produz a originalidade. Mais filmes nacionais deveriam seguir esse caminho, o do tentar apresentar uma história original que realmente nos fazem pensar sobre as nossas próprias vidas.
Trazendo também uma nova imagem da Alice no filme e o trailer:
                                      

Fonte cinepop