Enquanto está todo mundo curtindo o carnaval no Brasil, e falando da confusão do Óscar em Hollywood, Alice está lá no Texas filmando QOTS. As redes sociais da equipe já tem várias imagens, eu selecionei as que ela aparece:
A dublê da Alice que compartilhou algumas fotos, checa lá no @Taytow_fit
E essa foto abaixo da season finale da primeira temporada (inclusive tá tendo maratona lá no SPACE)!
Aliás, a série acaba de ganhar um novo ator chamado Nick Sagar que vai interpretar um oficial da narcóticos chamado Alonzo Loya.
Aproveitando o retorno das filmagens de Queen of The South, série do USA Network, que traz uma protagonista feminina, para contar uma história que envolve o tráfico de drogas, trago cinco séries (e uma novela) que abordam o tema drogas de diferentes perspectivas, dá pra gente maratonar também, enquanto não chega a segunda temporada de QOTS. Vamos lá?
5. QOTS e La reina de Sul
Baseado no livro do espanhol Arturo Pérez-Reverte, o drama retrata a ascensão de Teresa Mendoza, uma jovem nascida no México, no universo do narcotráfico. Há (como todos sabemos) duas adaptações dessa obra: a série estadunidense estrelada pela Alice Braga, onde Teresa foge para os EUA e a telenovela de 2011 da Telemundo estrelada pela bela Kate Del Castillo, onde Teresa se torna a mais poderosa traficante de drogas na Espanha. A novela é um enorme sucesso, sendo que foi parar até na Netflix, e a intérprete da protagonista, a Kate, virou uma espécie de musa para o traficante (da vida real) El chapo. Googla essa história aí que é bem bizarra. Nos dois casos, a série inova ao abordar o violentíssimo mundo do tráfico, através da história de mulheres super fortes.
4. Weeds
Weeds (que significa algo como "ervas") contou a história de Nancy Botwin (Mary-Louise Parker), uma dona de casa de um subúrbio da Califórnia que, após a perda do marido, começa a comercializar maconha a seus vizinhos para dessa forma, conseguir sustentar seus dois filhos e manter o seu - alto - padrão de vida.
Weeds teve oito temporadas e começou a ser exibida em 2005 durando até setembro de 2012. Em entrevistas os produtores declararam que a inspiração da série veio da explosão de cultivadores da planta, por causa do crescente consumo médico da maconha na Califórnia (o chamado Canabidiol), embora o seriado acabou tendo enfoque na venda ilegal.
Um dos grandes destaques da série (além da atuação da Mary-Louise Parker que ganhou inclusive Globo de Ouro, pelo papel) foram as ecléticas participações ao longo das temporadas: de Zooey Deschannel, a Alanis Morissette passando pela Carrie Fisher e até na irmã Olsen: Mary-Kate. A mídia não fala isso, mas Walter White - da série abaixo - é uma versão masculina e mais pesada (já que ele vendia metanfetamina) da Nancy, tá?
3. Breaking Bad
Um dos sucessos queridinhos do público e da crítica televisiva dos últimos anos, a série passou entre 2008 e 2013 e teve cinco temporadas; fez tanto sucesso que gerou um spin off "Better Call Saul", sendo Saul o advogado, vez e outra solicitado pelo protagonista Walter While (interpretado pelo maravilhoso Bryan Craston). White é um professor de química diagnosticado com câncer no pulmão, que passa a produzir metanfetamina para garantir o futuro financeiro da família. Um grande destaque da série considerada uma das melhores de todos os tempos, também era a relação do While com o seu ex-aluno/parceiro de crime Jesse Pinkman (Aaron Paul). O elenco estrelar conta ainda com Anna Gunn e Bob Odenkirk, e a linda Krysten Ritter (Jessica Jones) também fez parte de algumas temporadas.
2. Narcos
Única série da lista que se baseia em fatos reais, Narcos da Netflix, traça a história da cocaína a partir dos anos oitenta. Sim, acompanhamos a história da explosão da droga e a formação do cartel de Medelín e não a biografia do Pablo Escobar, que é interpretado pelo brasileiro Wagner Moura, prova disso é o final da segunda temporada. A série estreou em 2015 e contou com duas indicações ao Globo de Ouro de 2016: "Melhor Ator em Série Dramática", pela interpretação de Wagner Moura, e "Melhor Série de Televisão - Drama". É polêmica desde a escolha de um brasileiro para interpretar o famoso colombiano até a linguagem e mensagem que transmite, mas é super interessante e já tem terceira temporada confirmada. Caso ainda não tenha visto, maratone ela nesse feriado de carnaval, nunca te pedi nada.
1. Dr. House
Sim, nem sempre drogas são ilegais. Aliás, as drogas que mais matam são as legalizadas, viu? Pense na quantidade de acidente de trânsito e cirrose hepática que o álcool causa, além do câncer de pulmão, boca, laringe, entre outros tantos que o cigarro provoca?
Pois então, Dr. House trata o efeito de um outro tipo de drogas lícitas: os remédios. Uma das minhas séries preferidas de todos os tempos, Dr. House foi transmitida entre 2004 e 2012 e conta a história de Gregory House (Hugh Laurie), um conceituado médico especializado em raríssimos diagnósticos. Na vida pessoal, entretanto, House começa a série completamente antissocial, narcisista e sarcástico, ele é o tipo de colega de trabalho que você jamais queria ter. House ingere desde as primeiras temporadas o Vicodin (que eu descobri que existe mesmo), remédio para controlar as dores de sua perna direita, dores que ele tem graças a uma operação mal sucedida. Mas é nas temporadas finais, que podemos acompanhar mais profundamente as consequências do seu vício em remédios: um total descontrole na sua vida pessoal e profissional. O final da série foi meio pombo, mas não conseguiu apagar o brilho da série e do Hugh Laurie que ganhou vários prêmios por ela e mesmo já tendo ganho até prêmio esse ano por outra série, provavelmente nunca mais vai conseguir se desvincular da imagem do médico ranzinza.
Menções honrosas à:
- The Wire: Cada temporada funciona independentemente com início, meio e fim, tendo diferentes personagens no foco central, mas sem abandonar os personagens já conhecidos. A primeira temporada, por exemplo, acompanha policiais estadunidenses investigando um traficante de drogas, ao mesmo tempo que mostra o cotidiano dos traficantes e de usuários de drogas nos guetos norte-americanos. Não acompanhei essa série que durou de 2002 a 2008. Pelo que li, ela fazia o tipo "melhor série que você não está assistindo", sendo super elogiada pela crítica, mas não tendo muita audiência, vamos ver se a Netflix não adota ela, hein?
- Skins UK: Essa série está aqui porque as diferentes turmas dela - que foi um marco geracional - abusaram de todo tipo de drogas que se possa imaginar. Não sou uma fã pessoal de Skins, que pra mim peca pelo excesso (os adultos são completos idiotas, as falas, nudez e situações são bem desnecessárias), mas entendo a relevância que ela tem, em especial as três primeiras temporadas, por dar um "tapa na cara da sociedade", e por revelar nomes que eu adoro como Nicholas Hoult, Kaya Scodelario e o indicado ao Oscar esse ano Dev Patel.
- Shameless UK: As séries inglesas são um pouco mais criativas em demonstrar o uso e abuso de drogas sem demagogia e sem recorrer a lugares comuns. Eu acompanhei melhor as primeiras temporadas da versão estadunidense, mas a versão inglesa parece merecer atenção especial.
P.S: Informações obtidas no Wikipédia. E verificadas em outras fontes depois ;)
