segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

top5: Alices famosas

Olá, a todos. 
Enquanto estamos no aguardo de informações sobre a nova temporada de Queen Of The South (a pré-produção já começou e teve ator postando foto do roteiro e tudo), trago de volta o Top05, com alguns dias e horas de atraso; ele retorna trazendo uma lista selecionada de cinco famos@s, que compartilham algo peculiar com nossa querida Alice: o nome. Estão aqui listadas de personagens fictícias a autoras. Vamos a lista?

       Alice Braga -
Nossa querida Lili é uma das mais famosas atrizes latino-americanas em atividade e muito possivelmente a brasileira mais bem sucedida em Hollywood. Não bastasse isso Alice sempre dá show de simpatia e se envolve com projetos interessantes. Ou afinal de contas, só eu estou ansiosa pela segunda temporada de Queen Of The South?


5. Alice no País das Maravilhas
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A mais famosa personagem de Lewis Carroll. Essa obra é famosa pelas múltiplas interpretações que sugere. A Alice que cai em uma toca de coelho e se depara com uma viagem a.k.a psicodélica é um prato cheio para teorias e as mais diferentes - e loucas - interpretações sobre quais as inspirações e reais significados da obra. Como não podia deixar de ser a saga da menina curiosa, ganhou inúmeras adaptações em várias mídias, sendo uma das mais recentes, a da Disney sob a batuta de Tim Burton e tendo a enigmática Mia Wasikowska como uma Alice mais madura.


4. Alice Walker
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Alice Walker é uma escritora estado-unidense e ativista feminista. Filha de agricultores, ela perdeu a visão de um dos olhos aos 8 anos de idade, num acidente. A autora iniciou sua carreira, segundo o Wikipédia, com Once, um volume de poesias, mas alcançou a fama mundial mesmo com o magnífico "A Cor Púrpura", esse romance foi premiado com o Prémio Pulitzer de Ficção, e deu origem a um filme, dirigido por ninguém menos que Steven Spielberg, que trazia a atriz Whoopi Goldberg no papel principal (A Whoopi, inclusive, concorreu ao Oscar por esse papel). Na obra, a personagem escreve cartas a Deus e à irmã desaparecida. "Walker mostra representações de uma mulher negra sulista quase analfabeta, que vive em uma realidade dura de pobreza, opressão e desamor". Nem preciso dizer, que o livro é um tapa na cara da sociedade.



3. Alice Cullen
E ainda no território da literatura, temos a vampira Alice Cullen, a mais carismática personagem do famoso romance de Stephenie Meyer, Crepúsculo. Interpretada na versão cinematográfica de 2008 ( e em todas as suas sequências) pela atriz Ashley Greene, essa Alice aqui é uma vampira com a capacidade de ver o futuro, que acaba se tornando amiga da protagonista Bella. Fazendo justiça ao nome, ela é a mais simpática da família vampira.
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2. Alice Cooper
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Pois é, veja só que curioso. Na listas das Alices famosas temos um Alice famoso! Nome artístico do músico Vincent Furnier, Alice Cooper na verdade era uma banda de rock, que tinha Vincent como vocalista. Terminada a banda e já conhecido pelo nome, Vincent adotou (adotou mesmo, legalmente e tudo) o nome de Alice e deu continuidade a uma carreira respeitada pela família do Rock, em especial do Heavy Metal. Atualmente, Alice Cooper, integra a banda Hollywood Vampires, ao lado do ator Johnny Depp e de alguns ex- Guns and Roses.

1. Alice

É apenas pelo primeiro nome Alice, que a protagonista de uma das mais bem sucedidas franquias baseadas em vídeo game é conhecida. Devo confessar que não acompanho os filmes tão de perto para saber se em algum momento o sobrenome dela aparece. Interpretada por Milla Jovovich, nos cinemas, desde o ano de 2003, Alice se vê no meio de um milhão de conspirações da corporação Umbrella além de lidar sempre com zumbis sedentos por carne humana e um potencial apocalipse.  A crítica odeia a maioria dos filmes, mas os fãs mantiveram as adaptações estreando ano após ano. No total, são seis os filmes da franquia Resident Evil. O sexto filme jura ser o final.
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Menções honrosas:
- Alice Wegmann: conheço de Malhação, mas sei que agora ela está na novela das nove, fazendo duas personagens, inclusive.

- Alice: personagem da Andreia Horta em uma antiga série da HBO, que é levemente baseada na Alice do Lewis Carroll, mas em uma abordagem adulta. Muito adulta.

- Alice Caymmi: Cantora, descendente da famosa família Caymmi. Se puder ouça "Como Vês", maravilhosa música.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Por conta da estreia de Queen Of The South, em dezembro, na Fox em Portugal, algumas matérias novas surgiram na internet, sobre a série e sobre Alice. A maioria não traz nada novo, mas essa entrevista é bem recente e Alice cita Donald Trump e o discurso da Meryl Streep no Golden Globe. Confira:


Alice Braga: “A valorização dos atores latinos está a aumentar”
Por: ANA TOMÁS

Depois de Wagner Moura, o Brasil volta a estar em destaque numa série americana. Desta vez, o mérito é de Alice Braga. A atriz de filmes como ‘Cidade de Deus’, ‘Eu sou a Lenda’ ou ‘Blindness- Ensaio sobre a Cegueira’ é a protagonista de a ‘Rainha do Sul’, série inspirada no livro homónimo de Artur Pérez-Reverte sobre o narcotráfico e que passa na Fox Life, às quintas-feiras, pelas 23h15. Numa entrevista ao Delas.pt, a primeira para Portugal desde que a série começou, em dezembro, Alice Braga – sobrinha da também atriz Sónia Braga – explica o que a atraiu na personagem de Teresa Mendoza e como a construiu. A atriz, que nasceu em São Paulo, em 1983, a atualmente divide a sua vida entre Brasil e Estados Unidos, e o seu talento por produções cinematográficas variadas, sempre em busca de boas personagens. A ‘Rainha do Sul’, em que participa também Joaquim de Almeida, trouxe-lhe a sua primeira grande personagem no pequeno ecrã.

Esta é a sua estreia numa produção para televisão americana. Como surgiu a oportunidade de fazer esta personagem?
Eu fui contactada pelos guionistas que conheciam o meu trabalho no Brasil e que tinham trabalhado com algumas pessoas com quem eu trabalhei.

Leu o livro há vários anos e diz que se apaixonou pela jornada de Teresa. O que mais a atraiu nesta personagem?
O que mais me atraiu foi a força dela e o facto de ela nunca se auto-vitimizar.

Como define a Teresa Mendoza a quem dá vida na série?
É uma sobrevivente, uma mulher forte que, além de nunca se vitimizar, faz tudo o que pode para sobreviver. Ela é alguém que nunca foi ambicioso, que nunca quis poder nem dinheiro, mas que era boa com contas.

Há muitas diferenças entre a série e o livro?
Sim, há algumas. Os guionistas na primeira temporada decidiram não seguir o livro e recriar a viagem da Teresa [Mendoza] passando-a para os Estados Unidos. Eles readaptaram os nomes de algumas personagens, e os seus respetivos papéis e respetivas relações.

Como se preparou para este trabalho? Além do livro, teve algum contacto com universo da personagem?
Vi muitos documentários e li sobre o mundo dos cartéis de droga atuais. Também diversifiquei um pouco e li sobre mulheres poderosas, do mundo dos negócios, como CEOs, dirigentes políticas, entre outras. Mas a minha fonte principal foi e é o livro de Arturo-Perez Reverte e a sua Teresa.

Nos últimos tempos, as séries sobre o narcotráfico glamorizam um pouco esse universo. De resto, essa é uma das críticas do filho de Pablo Escobar à série “Narcos”, protagonizada pelo seu conterrâneo Wagner Moura. A Alice diz que não quis colocar a cocaína como algo maravilhoso. Construiu a sua personagem em torno do quê?
Uma das minhas referências é um documentário chamado “Cartel Land”, realizado pelo Matthew Heineman. O documentário começa com alguém a dizer que trabalhar no negócio da droga não foi uma opção, mas um meio de sobrevivência. Foi assim que eu escolhi retratar a personagem, tentando nunca glamorizar as suas ações, mas em vez disso mostrando-a como um ser humano que está a lutar pela sua vida e pela sua sobrevivência.

Tem havido uma valorização crescente dos atores latinos nas produções americanas, mas no que toca a seriados, quando são escolhidos para protagonistas ou papéis maiores, muitas vezes é para fazerem papéis ligados ao mundo crime. Isso não é um pouco limitador e estigmatizante?
Sim, houve limitações, mas acredito que agora estamos a viver um novo momento e a valorização dos atores latinos está a aumentar. Veja-se o que Gael Garcia Bernal está a fazer com [série] ‘Mozart in the Jungle’. Ou mesmo o Diego Luna como uma das personagens principais do novo ‘Star Wars Rogue One’. O universo da droga não foi uma limitação para mim, eu vi uma grande personagem na Teresa. E o contexto onde ela se encontra serve de background para o seu percurso.

Acha que a presidência de Donald Trump pode prejudicar a carreira dos atores latinos em Hollywood?
Não, não creio. Acredito que a indústria [dos cinema] é forte o suficiente para ripostar. Se se olhar de perto para a história de Hollywood, vê-se que foi construída por estrangeiros e que tem acolhido estrangeiros desde então. O discurso da Meryl Streep na cerimónia deste ano dos Globos de Ouro diz tudo sobre isso.

Qual é o género de trabalhos que mais prazer lhe dá: as grandes produções ou os filmes independentes?
Os dois. São experiências tão diferentes e igualmente enriquecedoras…No final, o que me importa são as personagens e podem encontrar-se grandes personagens nos dois tipos de produção.

Nas grandes produções americanas temo-la visto em muitos papéis de ação. Que papéis gostaria de desempenhar no futuro, em Hollywood?
O que procuro na minha carreira é interpretar grandes personagens, seja em filmes de comédia, ação ou drama. E espero que o future me traga experiências desafiadoras, independentemente de serem papéis principais ou secundários.

Pode dizer-se que o papel de Teresa Mendonza é a sua primeira grande personagem?
Na televisão, sim. No cinema, penso que foi a Karina, do filme ‘Cidade Baixa’, um filme brasileiro, realizado pelo Sérgio Machado.

Neste momento passa mais tempo nos Estados Unidos ou no Brasil?
Metade-metade. Tenho vivido onde o meu trabalho me leva.

Na série ‘Rainha do Sul’ contracena com o ator português Joaquim de Almeida. Gostou de trabalhar com ele?
Sim. Ele não só é um grande ator como é uma ótima pessoa. Acho que muitas das minhas melhores cenas foram com ele. Ele traz sempre tanta verdade às suas personagens.

E para quando uma visita da Alice a Portugal?
Adoraria ir em breve, porque sempre sonhei visitar Lisboa e Sintra. Tenho muitos amigos e familiares que estiveram aí recentemente e passaram momentos maravilhosos.
Fonte: Delas

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A cabana ganha data de estreia no Brasil + Alice e Wagner em evento em março

A Paris Filmes agendou a data de estreia de ‘A Cabana‘, adaptação do best-seller escrito por William P. Young e que já vendeu mais de 18 milhões de cópias.
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O filme chega aos cinemas nacionais no dia 6 de Abril, um mês após a estreia nos EUA.

Estrelado por Sam Worthington, o longa acompanha um homem que busca sentido na vida depois que sua filha morre.

Além de Sam, o longa é estrelado por Octavia Spencer (Hidden Figures), Radha Mitchell (‘Invasão à Casa Branca‘) e Tim McGraw (The Blind Side).

Ah sim, também tem a brasileira Alice Braga!

Fonte: Cinepop

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Segundo a coluna do Bruno Astuto no site da revista Época, Alice deve participar de um evento no festival texano, SXSW (lembrando que Alice estará no Texas para filmar QOTS). Leia a nota abaixo:

Dois dos mais bem-sucedidos atores brasileiros em atividade nos Estados Unidos, Wagner Moura e Alice Braga vão participar do próximo SXSW, festival que acontece em março, em Austin, no Texas. A dupla vai comandar a palestra A conversation with Wagner Moura and Alice Braga, sobre a entrada de atores latino-americanos em Hollywood. 

Wagner e Alice falarão sobre diversidade e contarão um pouco de seus mais recentes projetos, como as séries Narcos e A rainha do sul, "que têm ajudado a mudar a forma como a indústria cinematográfica produz estereótipos", segundo eles.

O SXSW é um dos festivais de entretenimento e inovação mais importantes do mundo, com mais de 150 mil participantes, e, segundo organizadores, já está desbancando o Festival Cannes Lions em termos de relevância comercial. Com a eleição de Donald Trump, a produção do evento acredita que a discussão sobre imigrantes em Hollywood ficará ainda mais quente.

Fonte: Época 

Já estou ansiosa!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A Cabana (The Shack, 2017) - Trailer 2 Legendado

Saiu trailer "novo" de A Cabana. Tem praticamente as mesmas cenas do primeiro, mas apresentado de uma forma diferente e também não tem a Alice (!?)

                  

Tenho a leve impressão que a Summit está meio perdida no lançamento desse filme, que tem toda cara de filme de feriado do fim de ano - como aliás, ele estava programado (para dezembro de 2016) - mas vamos aguardar e torcer pra ver no que vai dar!

domingo, 8 de janeiro de 2017

Revista Personalité Setembro de 2016 e Revista Gol Outubro 2016

Olá! Enquanto ainda não temos novidades sobre as filmagens de QOTS - que começam a qualquer momento - trago imagens da revista Personalité do Itaú de Setembro de 2016. 
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Você pode conferir a entrevista completa nesse link abaixo:
                           http://www.revistapersonnalite.com.br/cultura/alice-braga-hollywood
                                                                               *
E a entrevista de Outubro de 2016, que Alice deu para a Revista Gol:
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Há uma pequena versão disponível no blog da revista, mas aqui eu trago a versão completa, que está originalmente na revista. Confiram:
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Alice Braga já ajudou a salvar o mundo matando zumbis canibais em Eu sou a lenda (2008). Enfrentou um alienígena monstruoso com um rifle do tamanho de uma bazuca em Predadores (2010). Posou de biquíni na piscina de uma mansão usando joias no valor de US$ 1 milhão para a revista americana Town & Country (“com um segurança armado o tempo todo do lado”, ela conta, rindo). E, recentemente, tornou-se a chefona de um império de drogas nos Estados Unidos na série A rainha do sul. Tudo isso e mais um tanto colaram nela a justa fama de “atriz brasileira de maior sucesso no exterior”. Mas a Alice que chega para a sessão de fotos e entrevista da revista GOL, em um apartamento da zona oeste de São Paulo, não tem nada do que se espera de uma “estrela internacional”. O contraste entre a imagem projetada por seus filmes e a garota na nossa frente é gritante. De calça e camiseta pretas e tênis brancos confortáveis, ela é mignon (1,60 metros de altura), pilhada, falante e sorridente, sem vestígio de pose ou marra. “Eu ainda sou a Lili. A Lili da Vila [Madalena]”, diz, referindo-se a seu apelido de infância e ao bairro paulistano onde cresceu. “Não me vejo como uma estrela internacional, mas como uma atriz brasileira, e latina, que também trabalha fora. Minha essência é São Paulo, meu bairro, minha família, meus amigos. É onde eu consigo minha energia para desbravar o mundo.” E, pelo visto, não tem faltado energia à atriz de 33 anos. Ela acaba de se tornar a primeira brasileira a protagonizar uma série norte-americana – A rainha do sul foi exibida no Brasil no canal Space, entre os meses de julho e setembro. No papel da mexicana Teresa Mendoza, ela vai de namorada de traficante até o topo do maior império de drogas do hemisfério ocidental, em uma trama baseada na obra homônima do escritor espanhol Arturo PérezReverte. “Esse papel foi um presente. Ganhei o livro de uma amiga há oito anos e me apaixonei pelo personagem. Mas na época anunciaram um filme com Eva Mendes, que acabou sendo cancelado. Depois, veio a novela mexicana, então achei que não fariam mais nos Estados Unidos”, conta. Quando Alice já tinha desencanado, recebeu uma carta dos roteiristas da série convidando-a para ser a protagonista. “O processo foi incrível. Ficamos seis meses filmando em Dallas, no Texas. Eu tinha feito pouca TV no Brasil e adorei a experiência de mergulhar em um personagem por tanto tempo”, conta a atriz, que comemorou a confirmação da segunda temporada, prevista para estrear em meados de 2017. “Fiquei muito feliz. Saber que o público está curioso com a jornada dela me deixa animada. É um desafio pulsante, que me motiva e me tira da zona de conforto”, diz ela, que ganhou elogios da crítica norte- americana – alguns deles curiosos, como “uma versão feminina de Walter White” (o protagonista de Breaking bad) e “MacGyver latina”.
Ponte aérea SP-LA Este ano, a atriz pode ser vista em outra produção hollywoodiana: o western O duelo, com Woody Harrelson, acaba de chegar à Netflix. Já o drama A cabana, com Sam Worthington, baseado no best-seller de mesmo nome, deve estrear nos cinemas em janeiro. Com esses dois longas, Alice segue a tradição de contracenar com grandes estrelas do cinema contemporâneo: Will Smith (Eu sou a lenda), Adrian Brody (Predadores), Jude Law (Repo Man), Julianne Moore (Ensaio sobre a cegueira), Matt Damon (Elysium), Harrison Ford (Território restrito), entre outros. Mas ela conta que as amizades mais consistentes e duradouras feitas no cinema foram com atores brasileiros, como Wagner Moura e Rodrigo Santoro (leia box na página 80), e mexicanos, como Gael García Bernal e Diego Luna, que ela considera “irmãos”. “Eles são referências de como construir uma carreira, de como se tornar uma figura pública sem perder mão da vida privada.”
O começo de tudo Quando não está filmando pelo mundo, Alice se divide entre os apartamentos que mantém em Los Angeles e em São Paulo, no bairro onde foi criada. “Minha irmã, Rita, continua morando na casa da Vila, e a sede da nossa produtora [o terceiro sócio é Felipe Braga, cunhado de Alice], a Losbragas, fica na esquina”, conta. Alice diz que pretende dedicar cada vez mais tempo aos projetos da Losbragas, revezando-se entre os papéis de atriz, diretora e produtora e apostando na questão do protagonismo feminino. “Faltam grandes personagens para serem interpretados por mulheres. Essa é uma discussão que precisa ser levantada”, afirma. Pela produtora ela estrelou, ao lado do ator Daniel de Oliveira, o projeto transmídia Latitudes, exibido no cinema, TV e internet, e codirigiu a série documental para o YouTube Neymar Jr.: a vida fora dos campos (“conheci o Juninho, como é chamado em família, um cara doce, educado e apaixonado pelo futebol”). Como atriz, Alice quer buscar cada vez mais papéis que a tirem da zona de conforto. “Sempre fui de coração aberto para os projetos que surgiam. Mas, agora, quero focar em trabalhos específicos, gostaria de fazer mais coisas independentes, tanto no Brasil quanto fora. Foi assim que comecei, com filmes como Cidade baixa, e é isso que quero voltar a fazer”, diz.
Um dos longas que estreou no Brasil em 2016 foi o cômico Entre idas e vindas, de José Eduardo Belmonte, em que interpreta uma operadora de telemarketing traída pelo noivo. “Foi um filme feito com pouco dinheiro e muita paixão. Não importa o tamanho do projeto, é preciso sentir que a equipe está trabalhando junto para contar aquela história. É por isso que o set de filmagem é o lugar que mais amo no mundo.” Belmonte diz que Alice sabe equilibrar virtudes das escolas hollywoodiana e brasileira de cinema. “De um lado, ela tem um aspecto intuitivo, que é muito nosso. Do outro, tem uma cultura pragmática, que é bem americana, e uma interpretação minimalista, diferente da quem vem de novela e tende a sublinhar as intenções do personagem.” A atriz soma uma lista de diretores brasileiros com quem gostaria de trabalhar: Karim Aïnouz (Praia do Futuro), Felipe Hirsch (Insolação), Fernando Coimbra (O lobo atrás da porta), Felipe Barbosa (Casa grande), Gabriela Almeida Amaral (A sombra do pai) e Kleber Mendonça Filho (Aquarius). Sobre este último, conta que ficou emocionada com a participação do filme na competição do Festival de Cannes e os elogios feitos à atuação de sua tia, Sonia Braga. “Não sei se fiquei mais feliz como sobrinha ou como fã dessa atriz que é um ícone do cinema brasileiro.” No dia da entrevista, Alice ainda não tinha assistido ao filme (o longa estreia este mês nos Estados Unidos), mas sabe que a atriz interpreta uma mulher que superou um câncer de mama quando era jovem, nos anos 80, época em que não se falava tão abertamente sobre a doença. “Apoio sempre a informação e a conscientização sobre a saúde, por isso acho o Outubro Rosa uma campanha tão importante”, afirma.
Na estrada Ao contrário do que muita gente pensa, a carreira internacional de Alice não tem relação com a de Sonia. “Ela foi morar nos Estados Unidos quando eu era pequena, a gente teve pouco contato.” Mais importante na sua formação foi a mãe, Ana (irmã de Sonia), atriz e assistente de direção que a carregava para as gravações de publicidade. “Ela sempre me dizia: ‘Faz com alma. Se você acreditar, todo mundo também vai’. Carrego essa frase comigo.” A partir dos 8 anos, a menina começou a participar de comerciais, depois fez teatro no colégio e, mais tarde, entrou para o curso de Artes do Corpo na PUC- SP. Mas tudo mudou quando ela foi chamada por Fernando Meirelles – com quem tinha feito filmes publicitários – para um teste em Cidade de Deus (2002). A explosão internacional do longa rendeu um convite para ser representada por uma agente de Hollywood. E, então, Alice teve que tomar a decisão de deixar para trás a família, os amigos, a vida em São Paulo. “Foi meu pai quem mais me incentivou”, afirma. Ninho Moraes, jornalista e diretor de TV, lembra que não foi simples. “Ela estava recebendo muitos convites para fazer televisão no Brasil, mas a agente disse que só daria certo se ela se mudasse para os Estados Unidos e estivesse disponível para os testes. Foi difícil na época, mas logo ficou claro que ela fez a escolha certa.” O pai define a filha como um “bicho de set”. “O Walter Salles me contou uma história de On the road. A Alice havia acabado as cenas dela de manhã, mas ficou no set, ajudando na produção. No fim do dia, ela ainda estava lá. Então o Walter falou: ‘Como você não vai embora, vamos fazer outra cena’. Alice sempre foi assim. A casa dela é o set.” Fora do cinema, a atriz leva uma rotina simples. “Tapete vermelho, coletivas para a imprensa são ossos do ofício. Se você quiser saber quem eu sou, dá um pulo na Vila. Vou estar de Havaianas, tomando uma cerveja no boteco”, diz. Quando viaja, prefere casas de amigos a hotéis de luxo. “Sinto falta de quem está longe. Por isso, sempre digo que saudade é amor.” Reservada na vida pessoal, Alice afirma estar solteira e que a maternidade está nos planos. “Não coloco minha intimidade no Instagram. Gosto de usar minha voz para falar de trabalho.” Amigas desde que se conheceram no Festival de Veneza em 2008, a apresentadora e cineasta Marina Person afirma que a simplicidade é a marca da atriz. “Quando tem pré-estreia, ela me pede um vestido emprestado. O glamour não é sua prioridade, mas os amigos são. A Lili não mudou o jeito dela porque entrou no esquemão de Hollywood. Nunca a vi exigindo nada.” Mas, se for preciso, Alice sabe muito bem interpretar o papel de mulher poderosa. Quando coloca um vestido e começa a posar para as fotos da revista GOL, já é perfeitamente possível imaginá-la chefiando um império do crime e salvando o mundo de zumbis e aliens com sua carabina.

TRÊS POR UM 

Atores brasileiros de maior sucesso internacional, e amigos fora do set, Alice, Wagner Moura e Rodrigo Santoro trocam elogios:

“Alice é uma pessoa luminosa, generosa, talentosa, divertidíssima, de bem com a vida, leve e profunda, chique e bagaceira, uma estrela e a atriz mais pé no chão que conheço. É uma das minhas melhores amigas, e eu a amo profundamente.” Alice por Wagner Moura.

“O Wagner é uma referência pessoal e profissional para mim. Foi trabalhando com ele em Cidade Baixa que entendi o que é atuar, se entregar a um papel. Ele é uma pessoa que consegue ser pública e, ao mesmo tempo, extremamente reservada. Um exemplo.” Wagner por Alice.

“Conheci Alice quando trabalhamos juntos em Cinturão vermelho, do David Mamet. Ficamos amigos imediatamente. Alice é a encarnação da simpatia. Além do enorme talento, é uma pessoa afetuosa e divertida” Alice por Rodrigo Santoro.

“Eu chamo o Santoro de hermano. A gente tem uma conexão muito forte. É um ator completo e uma pessoa fácil de gostar e de conviver, um amigo querido e atencioso. Ele soube construir uma carreira sólida em Hollywood sem tirar os pés do Brasil.” Santoro por Alice

Fonte: https://www.voegol.com.br/pt/servicos-site/Magazine/Revista_GOL_175.pdf

domingo, 1 de janeiro de 2017

Muitos Homens Num Só (2015)

                      
Não deu para postar no Natal, mas vamos começando o ano novo com um post sobre um filme "velho" da Alice, que eu ainda não tinha feito uma review, trata-se do interessante "Muitos Homens Num Só", lançado em 2015. Para auxiliar nessa crítica (e me relembrar de alguns trechos, já que faz algum tempo que eu assisti), trago trechos da crítica "Entre a pipoca e o cult brasileiro" de Gabriella Feola do site Omelete (você pode ler na integra clicando no link). Os trechos da crítica dela estão destacados.

Baseado no livro Memórias de um Rato de Hotel - um conjunto de contos sobre um criminoso real que furtava hotéis no século XIX -  que foi publicado  por João do Rio (heterônimo de Paulo Barreto), o filme tem a direção firme de Mini Kerti, e narra a história de Dr. Antônio - o tal rato de hotel - que nos seus ataques a hotéis de luxo, utilizava-se de diversas identidades: daí, o título do filme.


"Um homem charmoso, inteligente e que não é exatamente o que diz ser. Entre golpes e mentiras ele conquista mulheres, amigos e ganha a vida. Praticamente um Frank Abagnale Jr. (Prenda-me Se For Capaz) nascido no Brasil lá pelo final do século XIX."


O filme brilhou no Festival de Cinema de Pernambuco de 2015 - levou 10 prêmios, incluindo direção, melhor filme, ator e atriz, além de direção de arte e trilha sonora. Graças principalmente a perícia técnica da recriação de um ambiente de época, bastante crível. Não faz feio a nenhuma das produções da Globo, por exemplo. Além disso, o roteiro e as falas estão em um tom muito agradável, no limite entre a linguagem rebuscada da época e os diálogos ao qual o público moderno se acostumou.


A química entre Alice e Vladimir Brichta, é um dos muitos pontos positivos do filme, Alice (já tendo atuado com Lazaro Ramos e Wagner Moura, em outras ocasiões) pode finalmente trabalhar com o terceiro elo desse trio de grandes atores baianos, e forma ao lado dele um casal que a gente já tá shippando nos primeiros minutos, apesar de perceber que a relação dos dois vai envolvê-los em diversos problemas: ela por estar presa a obrigação de exercer o papel da tradicional esposa "bela, recatada e do lar" e ele pelo passado nebuloso e pela carreira desonrosa.



" o longa desenvolve personagens profundos e, principalmente, fiéis a si mesmos. Em diversos momentos, o Dr. Antônio passa perto de escorregar para fora da essência do personagem, mas em todas essas vezes ele contorna a situação, fazendo do quase escorregão uma demonstração de equilíbrio e destreza."


O oposto desse casal improvável é formado por uma outra dupla, o investigador Félix Pacheco (Caio Blat) e seu parceiro de investigação. As discussões sobre a descoberta da unicidade das nossas digitais, além de outras "gracinhas" investigativas, dão um tom ainda mais simpático ao filme, especialmente na interpretação do maravilhoso ator Caio Blat, que tem papeis que sempre me cativam no cinema.


"Blat faz dupla com Silvio Guindane, ator que vive uma espécie de jornalista alter-ego de João do Rio, com quem discute questões sociais, éticas e avanços tecnológicos das ciência forense".

                                         

Sobre a personagem da Alice: Eva, é uma esposa de um homem de negócios, logo na primeira cena dela, podemos ver o marido a reprimindo por não agir com a descrição que lhe era "esperada", e esse tom de "rebelião dos padrões mais tradicionais" vai seguir a personagem por todo o filme, a unidade nas atitudes dos personagens, é mais um dos muitos pontos positivos do filme. Eva é uma talentosa desenhista, mas é impedida pelo marido de exercer o seu talento, e vê na imagem do sedutor Dr. Antonio uma espécie de elo para a liberdade que ela parece ansiar, enquanto isso, ela mesma funciona "desarmando" o até então imparável ladrão.


"Apesar de Muitos Homens Num Só ser um drama, as pequenas trapaças da primeira parte do filme, salpicadas com breves perseguições, criam um tom de aventura que dá dinâmica ao filme, sem torná-lo mirabolante. Kerti acompanha a história do anti-herói carismático e escorregadio mas não se limita ao esquema de filmes de golpe em que a trama busca prender o espectador pela sua suposta complexidade e por ligações inusitadas entre mais de uma dúzia de personagens improváveis. Muitos Homens Num Só se mantém sobre uma base simples, porém bastante sólida."


Se devo pontuar algum ponto negativo do filme, eu diria que a fotografia/iluminação do filme - embora muito bem feita e até premiada - soa um pouco "sem graça" aos meus olhos modernos, esse tom "cinza" do filme o faz parecer monótono, mas tem totalmente motivo de ser: representar uma época menos cheia de vida, mesmo. Devo confessar, também, que não gostei muito do fim do filme, mas foi no sentido de: entendo, mas não concordo. O clássico final feliz, visivelmente não era a alternativa mais viável e crível para um casal tão improvável, em especial se tratando de um filme de época (onde divórcio e segundos casamentos ainda eram tabus) além do mais, uma personagem forte como Eva precisava de um final que destacasse justamente essa força e auto dependência nela, ainda assim, dá uma tristezinha de ver como as coisas se desenrolam, mas nada que estrague a presteza técnica e o cuidado com que é conduzido todo o filme.


Bem-vindo 2017!


Que 2017 seja um ano maravilhoso!

O ano não será verdadeiramente novo, se continuarmos os mesmos.

Então, ao invés de simplesmente desejar um feliz ano novo, desejo força e saúde, para que todos possamos buscar felicidade nesse novo ano.

Bem-vindo, 2017!